É engraçado como somos ensinados, incitados, a ficarmos tão excitados, exaltados, com o nosso aniversário. Vai, pensa bem. Você não é a única pessoa que nasceu naquele dia, são milhares, bilhares, de pessoas que estavam saindo do corpo (algo parecido com "Alien 3") de outra pessoa sem a menor idéia onde estavam chegando, de onde estavam vindo, para onde iriam, por que chegaram e se teria cerveja no domingo à tarde.
É bem provável que esse egoísmo sentimental de que "o dia é seu" irá continuar durante toda a sua vida, mesmo sem você se perguntar uma vez sequer: "por que, raios, eu comemoro ter vivido, sobrevivido ou supervivido, mais um ano?" Tudo bem, tudo bem, são muitas poucas pessoas que se perguntam isso. E se o fazem, é porque beberam pouco durante a festa.
O interessante é ver, nem sempre, pessoas que não são você ficando mais animadas do que você, por assim dizer, com o seu próprio aniversário. É engraçado, é meio estranho e, definitivamente, super fofo. Pessoas que por escolheram, entre todas as variedades de coisas para pensar ou fazer, escolheram você. Você para prestigiar, para amar, para beber junto e até para odiar um pouquinho mais, não importa.
Se você pensar bem mesmo, vai chegar à conclusão de que, no seu aniversário você é a pessoa mais importante do seu mundo, pelo menos durante algumas horas enquanto a bebida e o dinheiro não acabarem. E isso não é triste, nem extrema felicidade, isso é a vida.
postado por caio teixeira às 6:34 PM |